Já havia lido "O Sonho do Celta", no qual Mário Vargas Llosa relata a passagem de Roger Casement pelo Congo à época em que essa região pertencia ao Rei Leopoldo II da Bélgica.
Coincidentemente, iniciei a novela de Joseph Conrad ambientada também no Congo de Leopoldo II.
Não que o livro de Vargas Llosa seja ruim, pois longe está disso. Só que o de Conrad é uma verdadeira obra-prima. Simples. Sem rodeios. Uma narrativa sufocante por meio da qual a personagem principal conta em primeira pessoa a degradação à qual chegou, a degradação espiritual à qual os homens podem chegar.
Poucas vezes, e aqui incluo os romances sempre exasperantes e perturbadores de Dostoiévski, senti a alma revirar-se tanto.
Eis aí minha recomendação para o final do ano. Recomendação para quem realmente quer refletir sobre o significado de sua própria vida.
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