sábado, 9 de fevereiro de 2013

Não vale viver


Sabe-se o que é amar,
só não se sabe o que é
o objeto amado,
são muitos encontros
e desencontros,
até que se chega a pensar
no desespero de viver
sem o que ama,
sem pelo que sofre,
sem pelo que suspira,
sem pelo que sonha.

Não são necessárias palavras,
basta um só suspiro,
basta um só querer,
basta um só pedido,
para se ter todo um alguém,
todo um ser,
toda uma pessoa
inteiramente sua,
em suas mãos.

Às vezes tudo se embaralha
na convivência e na conveniência
da vida vivida diariamente,
e o amante esquece o que é sofrer,
olvida o sofrer pelo amor ausente.

Esquece o que é amar,
o beijo doce de uma hora,
o beijo querido por horas,
o beijo apaixonado por
que se altera uma vida,
todas as vidas pelas quais
foram vividas horas e horas
de esperança, de sonhos, de desejos.

Apagou-se tudo, apagou-se o querer,
olvidou-se o amor,
esqueceu-se o afeto,
nutrido por sonhos,
por sonhos sonhados
e desejados,
sem os quais
não vale a vida viver.

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