A Igreja hoje sofre porque alguns de seus sacerdotes cometeram
crimes sexuais contra crianças. Esclareço que as relações havidas entre adultos
não são criminosas, por mais pecaminosas que sejam aos olhos dos crentes. Só que
a Igreja sofre mais com o politicamente correto que a impede de dizer a verdade
do que com os famigerados e alardeados casos de pedofilia.
Aos fatos.
A maioria avassaladora dos crimes sexuais nos quais a Igreja
se viu involuntariamente envolvida é praticada contra meninos. Como os
sacerdotes que cometeram tais atrocidades também são homens, a conclusão é uma
só: esses sacerdotes são homossexuais.
Por que cargas d`água, na Igreja, encontram-se tantos
homossexuais?
Porque se resolveu ceder ao politicamente correto. Ora,
pensou-se depois do Concílio Vaticano II, o seguinte: se o padre é celibatário,
tanto faz se sua preferência sexual é pro lado de cá ou pro lado de lá, pois
ele não poderá exercê-la mesmo. Então, se tanto faz como tanto fez, permaneçam
todos na Igreja.
Erro. Equívoco avassalador.
Não sei qual é a razão, se a falta de contenção dos impulsos
sexuais é característica ou não dos homossexuais, e sou incompetente para
julgá-los, mas a verdade é uma só: desde que os seminários passaram a aceitar
seminaristas homossexuais, a coisa degringolou.
O que fazer?
Alguns, como o respeitado articulista Reinaldo Azevedo,
querem que a Igreja acabe com o celibato.
Espera aí só um minutinho: e o homossexual que se tornasse
padre se casaria, por acaso? Ainda que se casasse, ele deixaria de ser
homossexual porque casado?
Ora, com o devido respeito, tenha santa paciência!
Abro agora um parêntesis.
A Igreja Católica não é só a Igreja Católica Apostólica
Romana. Há muitas outras que a compõem. A Igreja Católica é integrada por todas
aquelas igrejas particulares que estão em comunhão com o Bispo de Roma, o Papa.
Salvo engano, são 22 igrejas particulares.
Dentre as igrejas particulares, e me refiro especialmente às orientais,
em algumas delas, como é o caso da Maronita, homem casado pode tornar-se padre.
E, de fato, não se ouvem casos de pedofilia na Igreja
Maronita.
Logo, Reinaldo Azevedo teria razão.
Uma ova!
Não há casos de pedofilia no mundo oriental porque lá o
homossexualismo não é tolerado como o é aqui. Simples assim. O que explica a
inexistência de pedofilia nas igrejas orientais é o ambiente cultural que as
envolve, e não a possibilidade que existe de alguém casado tornar-se padre.
E por que se pode afirmar isso com segurança?
Por uma razão bastante simples. Os casos de pedofilia nas
escolas públicas (laicas, portanto) americanas também explodiram. Não se trata
de algo que ocorre só na Igreja Católica Apostólica Romana, mas que vem
maculando toda a sociedade ocidental.
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