segunda-feira, 1 de abril de 2013

Bobama e Guantánamo


Recentemente li o comentário de um amigo no Facebook em que ele questionava por que os fulanos presos em Guantánamo ainda não haviam sido julgados.
Por que será que Obama não cumpre sua promessa de campanha e não permite que esses presos sejam julgados logo? O que o impede de fazer algo? Por que na pátria da liberdade há pessoas detidas sem direito ao devido processo legal?
Num curto espaço, como o é aquele dedicado aos comentários dos posts do Facebook, tentei explicar o que pretendo fazer agora com mais vagar.
O Presidente Obama é um amigo do Islã. E do Islã mais radical. Isso ninguém em sã consciência pode negar, uma vez que Mr. President apoiou todos os movimentos do norte da África que colocaram no poder dos países bafejados pela denominada Primavera Árabe  os filhos da Irmandade Muçulmana.
Tome-se o caso do Egito como exemplo.
É claro que o ex-presidente egípcio não era grande coisa, pois governava o país de modo ditatorial havia muitos anos. O que temos agora, porém?  Um ditador da Irmandade Muçulmana.
Ora, tirou-se um ditador e colocou-se outro. Só que o segundo é declaradamente antissemita e antiocidental, enquanto o primeiro mantinha relações próximas com Israel e EUA. Por sua vez, se se olhar o problema da ótica interna, tem-se que o ditador substituto é muito, muito pior que o substituído, pois tenta – e conseguirá – tornar o Egito um país regido pelas sharias islâmicas. O que acontecerá com os cristãos egípcios (uma das comunidades mais antigas do cristianismo, pois fundada pelo evangelista Marcos)? Certamente deixarão de existir como Igreja.
Noutro versar: o que a mídia puxa-saco vendeu como a libertação do Egito e dos demais países convulsionados pela Primavera Árabe não passava de uma vitória do radicalismo islâmico.
E tudo isso com o apoio dos EUA de Obama!
As simpatias de Obama pelo Islã e pela Irmandade Muçulmana não poderiam ser negadas, portanto.
Retome-se a pergunta: por que o atual presidente dos EUA não cumpre sua promessa e permite que os presos de Guantánamo sejam julgados de acordo com o devido processo legal?
Para analisar a questão, há-se de ter em mente que os prisioneiros foram capturados fora do território dos EUA e que não são cidadãos americanos. O que implica dizer que se lhes não aplicam as leis americanas.
Só que, como os prisioneiros também não integravam exércitos regulares, mas organizações terroristas, não há como julgá-los de acordo com as normas internacionais (Convenção se Genebra).
Há um vácuo legal que impede sejam os terroristas julgados, pois.
E, diante desse vazio normativo, de uma única coisa se tem certeza: nem mesmo o atual Presidente dos EUA teria colhão para soltar os terroristas islâmicos presos em Guantánamo, ainda que simpatize com eles.
É claro que isso será sempre uma mácula para os EUA. Só que é uma chaga imposta ao país que não tem condições de fazer coisa diferente do que aquela que vem fazendo. De fato, entre manter os terroristas presos em Guantánamo e soltá-los para que cometam novas atrocidades, ninguém tem dúvida (pelo menos ninguém tem coragem de externar dúvida): que fiquem presos!

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