quarta-feira, 5 de junho de 2013

Luísa

Os encontros, nada é mais sagrado do que os encontros,
em que se tocam e se deleitam, achego do coração,
quando aperto seus dedinhos pequeninos, envolvo-os,
terna e paternalmente. Mão com mão.

Às vezes, no fim da tarde, cansado de trabalhar,
nada há que mais alimente a alma, pois me traz
a esperança e o brilho do primeiro raio da manhã,
do que um abraço, corridinho, mas salutar,
e um beijo estalado no rosto,
reconfortado por uma esperança vã.

A fé de que um dia sejas como tua mãe,
que deixes de lado o gênio que parece ser o meu,
mas que mantenhas, como eu, a cabeça alevantada,
ainda que avariada pelo mundo que jamais será teu.

Só gostaria que soubesses, que do dia em que nasceste,
e por toda a vida que terás, foste amada como nunca
pensei fosse capaz de amar.

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