sábado, 17 de maio de 2014

Catedrais e catedrais

Há pouco comecei a entrar em sites que disponibilizam fotografias de Catedrais espalhadas pelo mundo. Evidentemente que as góticas são as mais bonitas; e as modernas, as mais feias.
Vi, por exemplo, a Catedral de Lincoln, na Inglaterra, com suas colunas muito bem desenhadas e esculpidas, e não pude deixar de compará-la à futura catedral de Belo Horizonte, certamente uma das mais horríveis do mundo.
Perguntei-me a mim mesmo: o que fez com que a humanidade caísse tanto? Caísse tão profundamente que, do fundo do poço em que se encontra, não mais consiga distinguir a beleza das construções, tomando por belo aquilo que evidentemente é feio?
Só pude encontrar uma resposta. O homem, que se tornou a si próprio o centro de todas as coisas, perdeu, por isso mesmo, a noção de eternidade, deixando de lado o que a eternidade traz consigo: o Sumo Bem e a Suma Beleza.
As catedrais modernas são apenas o retrato tridimensional do próprio modernismo, a tentativa de elevar-se acima de Deus, por meio de construções com as quais não se aspira a contemplar o Sumo Bem e a Suma Beleza, mas a contemplar o indivíduo que a projetou, tido socialmente por gênio, posto seja um tolo, às mais das vezes.

Ao contrário. Quando foram construídas, as Catedrais góticas tinham um só objetivo, que era o de fazer com que quem nelas entrasse se sentisse ligado ao eterno, de maneira que pudesse contemplá-lo. Ao se elevar a Deus, o homem elevava-se a si mesmo.

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