Há pouco comecei a entrar em sites que disponibilizam
fotografias de Catedrais espalhadas pelo mundo. Evidentemente que as góticas
são as mais bonitas; e as modernas, as mais feias.
Vi, por exemplo, a Catedral de Lincoln, na Inglaterra, com
suas colunas muito bem desenhadas e esculpidas, e não pude deixar de compará-la
à futura catedral de Belo Horizonte, certamente uma das mais horríveis do mundo.
Perguntei-me a mim mesmo: o que fez com que a humanidade
caísse tanto? Caísse tão profundamente que, do fundo do poço em que se
encontra, não mais consiga distinguir a beleza das construções, tomando por belo
aquilo que evidentemente é feio?
Só pude encontrar uma resposta. O homem, que se tornou a si
próprio o centro de todas as coisas, perdeu, por isso mesmo, a noção de
eternidade, deixando de lado o que a eternidade traz consigo: o Sumo Bem e a
Suma Beleza.
As catedrais modernas são apenas o retrato tridimensional do
próprio modernismo, a tentativa de elevar-se acima de Deus, por meio de
construções com as quais não se aspira a contemplar o Sumo Bem e a Suma Beleza,
mas a contemplar o indivíduo que a projetou, tido socialmente por gênio, posto seja
um tolo, às mais das vezes.
Ao contrário. Quando foram construídas, as Catedrais góticas
tinham um só objetivo, que era o de fazer com que quem nelas entrasse se sentisse
ligado ao eterno, de maneira que pudesse contemplá-lo. Ao se elevar a Deus, o
homem elevava-se a si mesmo.
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