sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ministério Público Federal: uma fábrica de besteiras.

O Ministério Público Federal tornou-se uma fábrica de besteiras politicamente corretas. Aliás, acho que o besteirol está incrustado em seu DNA, pois eu me lembro muito bem daquele maluquético procurador chamado Luiz Francisco, que andava com um fusca para cima e para baixo lotado de livros e que veio a ser condenado pelos seus evidentes excessos; todos realizados em nome e nos interesses do PT e do socialismo – “uma utopia cristã” –, claro!
Como se não bastasse a atual demanda por meio da qual um procuradorzinho de meia-pataca busca tirar os crucifixos dos locais públicos, recentemente outro membro do Ministério Público Federal resolveu atacar o pastor Silas Malafaia. Acusa-o porque este, ao ver o último desfile do orgulho gay, indignou-se com as ofensas dos gays aos santos católicos e declarou, diante do evidente espetáculo público de ultraje ao catolicismo, que as autoridades da Igreja Católica deveriam “meter o pau” nos líderes do movimento gay que haviam organizado tamanha ofensa.
Bom, o procurador acha que o pastor Silas Malafaia deveria responder criminalmente porque, ao que parece, não entendeu – ou finge não entender – que a expressão “meter o pau” não quer dizer socar os gays com um porrete, mas, pura e simplesmente, processá-los ou tomar qualquer medida que restabeleça as coisas nos seus devidos lugares.
Desse episódio, que redundou no processo movido contra o pastor Silas Malafaia, retiro duas conclusões que me parecem óbvias: uma tem relação com o título do post; mas outra, não.
A primeira constatação é de que o Ministério Público Federal – senão todo ele, ao menos sua parte falante – tranformou-se num reduto de perigosos intolerantes.
Intolerantes pois não conseguem conviver com o cristianismo, religião que dá fundamento ético às sociedades ocidentais; dentre as quais o Brasil está incluído, por óbvio. E perigosos porque, sabe-se lá por qual razão, esses servidores públicos arrogam-se a si a qualidade de construtores do bem comum. Só que têm poderes para infernizar a vida das pessoas que não compactuam com suas idéias de belo e justo.
A outra conclusão diz respeito à covardia dos Bispos da Igreja Católica brasileira. Mas o que é isso? Onde estão nossos Bispos? O que estão fazendo em defesa da Igreja? Eu, que sou católico, sinto vergonha de ver um pastor protestante defender minha fé  e ser processado por isso, enquanto Dom Raymundo Damasceno convida a Sra. Marta Suplicy para uma conversinha amistosa sobre o projeto de lei que tem a intenção clara e manifesta de manietar a pregação cristã.
Vergonha é o que sinto pela covardia do clero católico, que até hoje não se dignou a defender a Igreja Católica dos ataques por que vem passando.
E o que escrevi acima não retira os méritos do pastor Silas Malafaia, de quem discordo em questões essenciais, mas a quem agradeço sinceramente pela defesa da minha fé.

4 comentários:

  1. Dr. Bana,
    Ainda esses dias ouvi a seguinte frase: "one man's terrorist is another man's freedom fighter". Então... parafraseando... a intolerância de uns é a resistência à intolerância de outros!
    Cuidado com as generalizações, meu amigo.
    Abs

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    1. Captei! Captei a vossa mensagem, oh meu afortunado guru!

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    2. Pael, vejo que o tempo foi generoso com você. Em outras épocas você desmoralizava os oficiais de justiça do estado, generalizando (manifesto pró-monografia).

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    3. Senhores, num primeiro momento, não quis alongar a discussão.
      Só que acho sinceramente que não tenha generalizado, e explico o porquê.
      Quando eu aforo uma ação, sou eu sozinho que o faço. Por isso, respondo individualmente pelos meus acertos e erros. Sou eu, um advogado, e não a OAB.
      Quando um procurador da República ajuíza uma demanda, ele não o faz porque um indivíduo habilitado a tanto, pois age - só e simplesmente - porque é procurador da República e presenta (para usar a expressão de Pontes de Miranda) o Ministério Público. Não é ele que faz, é o Ministério Público por meio dele.
      Então há, entre as duas situações, uma diferença fundamental: o advogado pertence à turma do eu sozinho; o procurador pertence ao Ministério Público e age em juízo sempre como Ministério Público.
      Logo, se um procurador faz uma lambança, é o Ministério Público que o faz.
      No mais, e pensei que não precisaria dizer isto, é claro que há ótimos procuradores. Infelizmente, no entanto, a turma do MP que se relaciona com a imprensa é outra.
      Abraços,

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